sábado, 28 de outubro de 2017

O OVO DA SERPENTE

Não deixa de ser estranho que depois dos acontecimentos trágicos de Pedrogão Grande até às eleições autárquicas, houve uma calmaria nos incêndios, apesar de o verão ter continuado quente e seco. Uma semana depois das eleições assistimos a um dos maiores ataques terroristas de que há memória neste país! Coincidência? Não me parece e muito menos após os acontecimentos políticos destas ultimas duas semanas!

Felizmente que ainda existem vozes lúcidas e corajosos que nos elucidam, como esta do  texto abaixo, que partilho tal  e qual como o recebi.


TESE SOBRE OS INCÊNDIOS ASSINADA POR: CARLOS BARRADAS - GENERAL DA FORÇA AÉREA NA RESERVA

 "Começa a ser muito difícil olhar para estes fogos como se fossem todos eles produto de causas naturais ou de incendiários loucos ou doentes. A coisa tem, inclusivamente, contornos demasiado odiosos para ser obra do chamado lobby dos fogos. Não, por mim deixei de ter dúvidas, isto faz-me lembrar os incêndios às sedes de partidos políticos por esse país fora (sobretudo a Norte, também), no Verão quente de 1975, com o intuito de enfraquecer e derrubar o poder político da época. Repito: não tenho hoje grandes dúvidas que estes fogos são obra de gente a soldo de quem está interessado em derrubar este poder político. Não sejam ingénuos, as pessoas são extremamente activas nestas actividades, sobretudo quando não lhes restam grandes alternativas no plano da luta política. Se assim for, não há que fugir ao desafio: os serviços de informação da República têm que cumprir o seu dever, o esforço de pesquisa deve ser orientado para a detecção dos interesses que enunciei, as forças de segurança, com a colaboração das forças militares, devem manter um dispositivo permanente de vigilância orientado pelas informações que forem recolhidas. Há que lidar com este inimigo implacável de uma forma igualmente implacável.
Se o leitor ainda achar que estou a exagerar, note apenas o seguinte: este fim de semana, atendendo à chuva prevista para os próximos dias e à chegada de tempos mais húmidos e com menores temperaturas, era a ultima oportunidade de provocar danos físicos graves e, eventualmente, danos políticos na "geringonça" ... Viu-se o que aconteceu, acha o leitor que foi apenas coincidência?
E então, vamos continuar a fingir que todos estes fogos não são acções inimigas do actual poder político? Vamos continuar a ter medo de chamar os bois pelo nome?

E esta hem ????

Hernâni Carvalho mostra engenho utilizado para atear fogos
O jornalista Hernani Carvalho teve acesso a um engenho incendiário que lhe foi entregue por uma senhora que o viu a cair do céu e o conseguiu recuperar,…
Incêndio florestal deixa de ser "crime de investigação prioritária"
Sandra Machado Soares, Rui Magalhães - RTP
13 Ago, 2015, 13:41 | Política

Incêndio florestal deixa de ser "crime de investigação prioritária. Decidido pelo governo PSD/CDS em 13.08.2015 e aprovado pela maioria PSD/CDS na Assembleia da República. Esta decisão contraria o parecer emitido pela Procuradora Geral da República..
ESTÁ ESCLARECIDO PORQUE O PINHAL DE LEIRIA ARDEU ?

O anterior governo, com Passos Coelho como primeiro-ministro e Assunção Cristas como ministra das Florestas, cortou o orçamento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em um quarto, entre 2011 e 2015.

Do que me não conseguem desconvencer

No Domingo passado, logo pela manhã – ainda não estavam deflagrados os 530 incêndios do dia – já assistia a um clamor de “demita-se a Ministra, demita-se o Governo!”. Estava muito longe de Portugal… e, ainda assim, ele chegou-me. Claramente.

Cedo demais. Foram com muita sede ao pote. Foi, talvez, a única descoordenação desse dia: a máquina estava pronta para:

1) deitar fogo ao País;
2) criar uma situação de catástrofe inelutável e inevitável;
3) clamar a queda do Governo em função disso. Mas ter começado o passo 3 antes dos outros dois estarem em pleno andamento traiu as inconfessáveis intenções dos facínoras.
530 incêndios em menos de 12 horas – demos de barato, 24 horas. São mais de 20 incêndios por hora… Não lembra ao Diabo – talvez lembre aos seus seguidores.

530 incêndios… não se trata de uma catástrofe natural, como a erupção de um vulcão ou um tremor de terra, ou algo semelhante: 530 incêndios são fogo posto, com uma precisão cronométrica, com uma rede montada como uma operação militar e com uma intenção (evidente no tal clamor que começou cedo demais).

530 incêndios são um puro acto de terrorismo, equivalente à colocação de uma bomba numa estação ferroviária, uma outra num aeroporto, outras em postes de alta tensão… ou algo de semelhante. E assim devem ser tratados. Nem mais, nem menos.

Nenhum País, por mais evoluído tecnologicamente e por mais meios de que disponho (humanos e materiais) enfrenta semelhante ataque sem perdas e sem mortos. O ataque foi concebido e executado exactamente para haver vítimas – sem elas o tal clamor (que pecou por precoce, qual adolescente excessivamente entusiasmado e que se não contém…) não colheria. As vítimas fazem parte do plano, que exige apenas uma coisa simples: a queda do Governo.

Poder-se-à argumentar que houve toda a casta de falhas possível e imaginável – mas, mesmo que não tivesse havido, mesmo que tudo tivesse corrido da melhor forma, sem falhas, teria havido mortes. Menos, eventualmente. Mas o clamor teria sido o mesmo – porque o ataque no terreno e a campanha de opinião pública estavam preparados em uníssono.

Trata-se – disso estou convencido – do maior ataque terrorista jamais ocorrido em Portugal, mesmo considerando as acções – todo o tempo de acções – do MDLP e do ELP em conjunto.

O que o Senhor Presidente da República veio fazer, das duas, uma: ou é de uma ingenuidade/precipitação suprema, ou tem pérfidas intenções por detrás. O tempo o dirá: se não teremos um novo golpe de estado constitucional, ao jeito do de Jorge Sampaio. A Direita continua sedenta de vingança e, pelos vistos, não olha a meios nem tem nenhum escrúpulo nem ético nem moral.
Carlos Barradas."


imagem google

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